Chuveiro e Lembranças

Ultimamente não tenho mais feito poesias. Sempre que vou tomar banho tenho uma idéia nova, fresca. Parece que a água do chuveiro me traz novos pensamentos e ideais, motivos e questionamentos, que infelizmente, quando o chuveiro se desliga e a água quente se esvai para dar lugar a água fria, todas se vão, intactas e imaculadas, nem um pouco desfrutadas pelo curto raciocínio levado ralo abaixo. E como minha memória não é das melhores, eu me esqueço.
[quase me esqueci de comentar isso aqui]
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Essa noite eu sonhei com uma pessoa a qual muito tempo não sonhava...conhecemo-nos na primeira série do fundamental um. Adorava ela; minha melhor amiga. Foi ela a primeira a falar comigo naquela escola imensa, e que ao ver minhas incessantes lágrimas, perguntou-me se eu era nova e ,não me lembro ao certo, mas talvéz, tenha me oferecido uma bala. Essa é minha primeira memória dela.
Muitos foram os momentos juntas na escola. Desfrutamos de uma boa amizade. Veio então uma outra menina, uma outra amiga, incluida em nossas aventuras escolares. Bons momentos aqueles...
Decorrido um ano, minha amiga saiu, deixando apenas um número de telefone. Naquela época eu não tinha muita consciencia das coisas. Sem nada para fazer, um dia, liguei para ela. O número caiu em um supermercado.
Se me lembro bem, foi em 2001 ou 2002 que mudaram os números dos telefones em São Paulo, capital. O meu telefone, não me lembro direito agora, mas mudou o começo que era 61 para 66, o resto, perdeu-se no esquecimento. Pois bem, não dei-me conta disso, e liguei. E não havia ninguém com o nome dela lá.
Já vi muitos comentários relacionados a isso, amizades que vem e que vão, que passam por nós como o vento, e que as vezes trilham o mesmo percurso que o nosso, alguns virando mais cedo, outros mais tarde, e alguns, acompanhando-nos pelo resto de nossas vidas. Aquela não foi a primeira vez que eu deixei de ver uma amiga. Aconteceu a mesma coisa no prezinho. Mas quando realmente se ama alguém, quando ela desaparece, junto com ela, abre um buraco.
Essa noite sonhei que ela entrou na minha escola atual, junto com mais um pessoal que foram sentar a nossa frente. Ela tinha ficado linda; o cabelo loiro escuro tinha dado lugar para um loiro um pouco mais claro, e o cabelo cacheado em pequenos anéis tinha virado uma longa madeixa ondulada. Sua personalidade era a mesma de sempre.
Meu coração aqueceu diante da doce e feliz ilusão. Mas ao acordar, a realidade novamente escureceu aquele filete de luz.
Estou até hoje na ignorância sobre ela. Mas ainda sim, preservo em meu coração a deliciosa lembrança da nossa amizade na infância.

"Será que se eu chorar denovo, você vai voltar, Brenda?"

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Tinha pensado em coisas interessantes ontem, enquanto lavava louça, para escrever aqui. Mas tudo que já está aí em cima já ocupou espaço de mais, e de qualquer maneira, eu me esqueci do que iria dizer.
Beijo :*