domingo, 20 de março de 2011

Uma boa ação

Nunca fui muito de ir nesses locais para ajudar pessoas. Por incentivo da minha mãe, desde pequena sempre doei brinquedos e roupas usadas para caridade, não por querer, mas porque ela mandava. Nunca pensei mais profundamente sobre o assunto; afinal, não tem sobre o que refletir. Pessoas precisam de coisas, você tem e não usa mais, então doa. Simples. Até aí tudo bem. Mas eu realmente nunca quis ajudar essas pessoas. Nunca tive motivação o suficiente, entende? Sempre vi essa atitude um tanto forçada e imposta tanto na escola quanto em minha casa. Até ontem.

Uma pessoa ontem me disse 'me ajuda'. E ela está numa situação a qual ano passado eu passei e sei muito bem como é. Pedir ajuda nessa situação é realmente estar desesperadamente desesperado por uma luz, é rejeitar o que vê mas acreditar no que sente. [ok, nem essa eu entendi -q] É querer ser tocado, mas ao mesmo tempo, não ser; ter ódio de quem sente algum afeto por você. Pelo menos comigo era assim. Mas, bom, voltando...

Respondi que o ajudaria sim, e a noite refleti sobre o assunto. Em como eu queria ajudá-lo! Como eu queria que ele se recuperasse, que ele tivesse uma nova vida, uma realmente boa e que valesse a pena viver, e pensei então em tantas pessoas que vivem a mesma situação e não tem ninguém. Nenhuma motivação. Completamente nada, sozinhas no mundo.
"Se eu pudesse ajudá-las..."

Eis então que a idéia de fazer faculdade de psicologia me veio à mente. "Afinal, talvez assim eu consiga ajudar essas pessoas".

Pensei em tanta coisa, sonhei com tantas pessoas, não se curando, mas se sentindo melhor com projetos que eu desenvolvia...

O sentimento não faz parte de uma máquina, não é um mecanismo ao qual você pode comandar ou dar ordens. Ele desperta em você a partir de pequenos atos, gestos e palavras que intimamente chegam e nos mudam.

Essa pessoa me mudou. Agora só falta eu me mudar.