sábado, 23 de junho de 2012

Carpe Diem

Por que será que todo mundo compara a felicidade com o verão? Só porque é quente e faz bem? Se você perceber, o verão em excesso também faz mal, assim como o frio em excesso faz mal. Tudo em excesso faz mal, aliás.
Mas de qualquer modo, estou muito feliz. Feliz por finalmente poder ser feliz. Feliz por ter dado a mim mesma a possibilidade de viver, da chuva fresca cair em minha relva antiga e morta.
Não irei compará-lo com um príncipe encantado. Ninguém é perfeito.[ Deus não é perfeito, somos marionetes dele, devo lembrar. Somos tanto ele quanto ele é nós.] Mas de qualquer maneira, ele é realmente aquele 0,0001% de probabilidade de acontecer, aquela chance inimaginável e utópica. Aliás, inimaginável na minha vida.
Realmente, já chorei por ele. Mas não foi por ele em sí. Foi por nosso destino.
Mas, bah.
Oras!
Que custa rebobinar a fita e voltar um pouco? Deixemos a tristeza e amargura de lado por alguns anos (assim espero!) e  celebramos o Carpe Diem!

Carpe Diem, meu caro, Carpe Diem!


segunda-feira, 4 de junho de 2012

Chuva

Chuva. Para alegrar meu coração triste, meu orgulho ferido.
Chuva. Para me fazer cálida companhia.
Chuva. Para me fazer sorrir.
Ouvir.
Sentir.
Chuva.
Para a minha alegria, chuva.
O barulho da chuva. Para me molhar e me lavar. Me rasgar.
Me descosturar inteira.

Água com sal.
Chuva marinha.

Calmaria.
E ainda, chuva.

Saciei minha dor.