sábado, 21 de maio de 2011

Vida

Eu tenho medo.
Medo da Vida; a Morte é minha amiga,
minha companheira de bebida,
minha vizinha na noite sombria,
aquela com que posso contar meus segredos
[íntimos].
É a Vida a grande culpada,
essa ladra de Almas indefesas,
persuadiu-me! Iludiu-me da forma mais maldita!
Criou Fogo onde só havia Ar.
Criou o desejo. Deu forma ao meu hediondo ser.
E mostrou-me a Luz, para me esquecer
da outrora, minha tão querida idolatrada e amada Escuridão!

E deixou-me sozinho.
Indefeso.
Sem memória alguma,
Apenas com o único automático desejo de respirar.

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